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Sejam bem-vindos ao Mobilização CAASO! Este site foi criado com o propósito de auxiliar o acesso à informações e aumentar a qualidade dos debates que permeiam os problemas atuais da USP. Queremos lembrar que todos os textos são produções independentes de estudantes, professores e diversas pessoas e exprimem as idéias de seus autores e que defendem o lado que a mídia não mostra. Este espaço foi criado para que esse tipo de mídia pudesse ser veinculada e organizada para que todos pudessem ter fácil acesso a eles, portanto, ao ler os textos, use seu senso crítico, debata consigo mesmo e construa seus argumentos.

Nessa página, serão publicadas notas de interesse geral dos estudantes do CAASO.

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Propomos a todos que façam bom uso deste espaço.

PM agride estudante na USP

Um vídeo que demonstra claramente a ineficácia da PM para tratar da segurança da universidade. Foi veiculado, inclusive, nas grandes mídias.

 

Relato de Daniel, morador do CRUSP e estudante da ECA

Relato do aluno Daniel que depôs no CAASO no final de 2011

Vídeo muito bom e que mostra o que realmente acontece

Carta de esclarecimentos do CAASO referente à Assembléia Geral Extraordinária realizada no dia 10/11/2011 pelos estudantes da USP de São Carlos.

São Carlos, 11 de novembro de 2011.
Carta de esclarecimentos do CAASO referente à Assembléia Geral Extraordinária realizada no dia 10/11/2011 pelos estudantes da USP de São Carlos.
No dia 10 de novembro de 2011 realizou-se uma assembléia geral convocada pelo CAASO (Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira), entidade representativa dos estudantes da USP de São Carlos. Pela lista de presença havia 1012 alunos da USP São Carlos, mas estima-se que a assembléia contou na realidade com a presença de 1200 a 1300 pessoas, todas com direito de voz. A assembléia discutiu duas pautas: a questão da Polícia Militar no campus e a Greve geral decidida no campus de São Paulo.
Na discussão foi apontado que a USP, principalmente o campus da capital, sofre com problemas reais de segurança. O CAASO, por votação na assembléia, é contra a presença da PM no campus, mas quer segurança. A polícia foi chamada ao campus com o pretexto de trazer segurança após o infortúnio da morte do estudante da FEA em São Paulo, Felipe Ramos de Paiva, que gerou grande comoção em todos nós. Contudo a polícia não cumpre o papel de oferecer segurança nem mesmo na sociedade, agindo de forma truculenta, opressora e diferenciada para com as classes sociais mais baixas.
A reitoria firmou um acordo com a PM sem consultar a comunidade universitária em uma nítida expressão antidemocrática e autoritária. A polícia vem ao campus para ser uma milícia armada da reitoria para desarticular o movimento estudantil e colocar em xeque a autonomia universitária, o que ficou claro pela desproporcionalidade e violência na desocupação da reitoria, quando 400 homens, helicópteros e cavalaria foram movimentados para retirar um grupo de 72 pessoas, das quais 24 eram meninas. Inclusive passou em assembléia uma carta redigida pelo CAASO que esmiúça melhor a questão da PM no campus.
A Universidade deve ser um lugar da produção de conhecimento, pesquisa e extensão, baseada nos preceitos de liberdade de expressão e manifestação, direitos de todo cidadão. Garante-se, assim, que o modelo vigente seja questionado e medidas que busquem uma sociedade mais justa sejam propostas. Se ela não cumprir esse papel não faz sentido sua existência. Isto não significa que deva ser um território sem lei, mas que a liberdade de expressão e questionamento seja preservada.
Há outras formas de oferecer segurança à comunidade universitária, como, por exemplo, melhor iluminação, aumento e treinamento da guarda universitária e contratação de efetivo feminino para lidar com crimes cometidos contra a mulher. Além disso, acredita-se que a Universidade deve repensar seu papel com a sociedade, uma vez que
seu espaço, apesar de público, está restrito à comunidade universitária e o cidadão perde o direito de usá-lo. Sabe-se, por estudos realizados, que a maior circulação de pessoas evita pontos desertos e, portanto, inibe a ocorrência de crimes.
A gestão do “Magnífico” Reitor João Grandino Rodas vem sendo questionada há algum tempo, inclusive o CAASO já trouxe este debate para o campus antes mesmo da questão da PM na universidade explodir. Questionamos o projeto elitista, privatista e mais antidemocrático que vem sendo implementado na universidade durante essa gestão. A eleição para reitor é restrita, na qual alunos, funcionários e professores não têm paridade de votos. De uma lista tríplice resultante da votação, Rodas foi indicado pelo então governador José Serra, apesar de ser o segundo colocado na votação.
Algumas das medidas de Rodas foram:
● Tentativa de fechamento de cursos na EACH;
● Elaboração de um orçamento fechado que não contaram com a consulta da comunidade universitária;
● Construção de obras de interesse duvidoso que custarão 240 milhões de reais aos cofres públicos;
● Aluguel de imóveis em áreas nobres da cidade de São Paulo;
● Demissão de 271 funcionários sem aviso prévio e justa causa.
Somam-se a esses problemas de improbidade administrativa, como nomeação de cargos de confiança sem concurso público, e a declaração de persona non grata na Faculdade de Direito, da qual já foi diretor. O reitor vem sendo investigado pelo Ministério Público por algumas destas medidas.
Assim, deliberaram-se em assembléia o “Fora Rodas!” e a defesa por eleições diretas para o cargo de reitor.
Em relação à greve tiramos um indicativo de greve, ou seja, um período para que as Secretarias Acadêmicas dos cursos realizem assembléias com os estudantes para discutir as questões que permeiam a greve. Deliberou-se por uma paralisação de dois dias (17 e 18/11) com uma programação que contemple aula pública, ato, assembléias de curso e nova assembléia extraordinária do CAASO para rediscutir a greve em São Carlos.
CAASO

Panfleto da Mobilização

PARALISAR PARA MOBILIZAR!
NESTAS QUINTA E SEXTA, 17 e 18

É tempo de mobilização…

A Assembleia Geral dos estudantes do campus realizada na última quinta-feira, dia 10, com a participação de mais de mil estudantes, debateu sobre o atual momento político da USP. A partir das discussões, percebemos a necessidade de nos mobilizarmos, e decidiu-se pelas seguintes reivindicações:
– Saída do atual reitor, João Grandino Rodas, pela falta de transparência, denúncias de corrupção e autoritarismo de sua gestão, e pelo modelo de universidade que a mesma vem implementando;
– Revogação das medidas que permitem a presença ostensiva e permanente da Polícia Militar nos campi da USP;
– Pelo fim da perseguição política a estudantes e servidores realizada pela reitoria;
– Contra o cerceamento à liberdade e autonomia das entidades estudantis;
– Por um real projeto de segurança para os campi da USP (melhor iluminação, maior acessibilidade aos campi, efetivo concursado e mais preparado da guarda universitária, etc), e que este seja construído de maneira democrática;
– Por democracia na universidade, com eleições diretas pra reitor e participação mais igualitária de toda a comunidade acadêmica nos órgãos decisórios da USP.

A Assembleia também decidiu por dois dias de paralisação das atividades acadêmicas, quinta e sexta (dias 17 e 18/11).

E por que paralisar?

Uma paralisação serve para que todos os estudantes possam aprofundar o debate coletivo em torno daquilo que estamos lutando, e para que possamos construir atividades de divulgação desse movimento, como atos públicos, panfletagens, etc. A paralisação não é pra ficarmos em casa, e sim para nos mobilizarmos.
Por isso, é muito importante que todos os estudantes do campus estejam presentes nas atividades, fortalecendo a unidade e a organização coletiva que nos traz mais força.

Calendário de Atividades:

QUINTA-FEIRA, DIA 17:
8h30: Concentração no CAASO, com microfone aberto para informes e esclarecimentos sobre as mobilizações.
9h30: Grupos de discussão. Temas: gestão Rodas, projeto de universidade e democracia na USP.
13h: Nova concentração para elaboração de cartazes e outros materiais de divulgação do movimento.
15h30:Início do Ato Público. Proposta de passagem nas diretorias das unidades para entrega da pauta de reivindicações e ida para a cidade, com panfletagem e diálogo com a população.
Noite: Horário para possíveis discussões e assembleias de cursos/SAs.

SEXTA-FEIRA, DIA 18:
8h30: Concentração no CAASO, com elaboração de materiais, silkagem de camisetas e microfone aberto para informes e esclarecimentos sobre as mobilizações.
9h30:Grupos de discussão. Temas: PM e criminalização do movimento; acessibilidade, uso e segurança nos campi.
14h: Assembleia Geral do CAASO. Pautas: avaliação da mobilização; continuidade do movimento; indicativo de greve.

ATENÇÃO: Sobre a questão das provas e faltas durante a paralisação:
A Comissão de Mobilização tirada na Assembleia e o CAASO estão fazendo uma carta que será levada aos professores e aos departamentos, solicitando o adiamento de provas e não contagem de faltas nos dias da paralisação.
Também é muito importante que as turmas estejam unidas e organizadas pra conversar diretamente com os professores que tenham provas marcadas, levando a eles a carta dos estudantes e explicando movimento.
Caso necessário, procure sua SA e o CAASO, que em conjunto com a comissão ajudaremos as turmas na conversa com os professores ou departamentos.

Textos, materiais e informações sobre o movimento: mobilizacaocaaso.wordpress.com

Ato contra a militarização da USP reúne 5000 nas ruas do centro

11 de novembro de 2011

O dia de ontem entrará para a história do movimento estudantil da USP. Três dias depois da intervenção da Tropa de Choque na universidade, mais de 5000 estudantes, professores e funcionários, se reuniram no centro da cidade de São Paulo em ato contra a militarização da USP, por um plano alternativo de segurança nos campi e pela retira de todos os processos movidos contra estudantes por motivos políticos..


O ato, que teve início e encerrou-se no Largo São Francisco, percorreu diversas ruas do centro de São Paulo, dialogando com a população paulistana,  passando pelas ocupações urbanas  e defendendo democracia não somente na USP, mas em toda a cidade. Estiveram presentes diversos movimentos sociais, sindicatos e intelectuais, como Plínio de Arruda Sampaio e Jorge Luiz Souto Maior.
Três dias depois da intervenção da Tropa de Choque na USP, a resposta do movimento estudantil não poderia ter sido melhor: um grande ato pela autonomia universitária,, que transcorreu de maneira tranqüila e dialogou com toda a sociedade. Demonstramos nosso repudio à intervenção militar na USP e ao reitor da universidade, João Grandino Rodas, grande responsável pelo lamentável ocorrido de segunda-feira.


Assembleia geral reúne 2000 no salão nobre da Faculdade de Direito: uma aula democracia!
Logo após o ato, foi realizada a assembléia geral dos estudantes da USP. O salão nobre da Faculdade de Direito, decorado por quadros e estátuas aristocráticas, foi tomado por mais de 2000 estudantes que deliberaram pela continuidade da greve.
No ponto de informes, ficou claro o enraizamento da mobilização. Estudantes de dezenas de faculdades da USP relataram a realização de assembléias e debates em seus cursos e a indignação de todos com a atual gestão da reitoria. Na mesma Faculdade de Direito, demonstramos que Rodas é persona non grata na USP inteira!


A assembléia aprovou a convocação de Rodas para uma audiência pública com os estudantes na quarta-feira, 16/11 a partir das 18horas na frente da reitoria. Precisamos exigir explicações imediatas da Reitoria e que ela atenda às reivindicações da greve dos estudantes. Por isso, no mesmo dia, está marcado um ato em frente à reitoria exigindo a presença do reitor na audiência.
O dia de ontem foi capaz de demonstrar a força do movimento estudantil e da organização coletiva para defender a universidade. Demos uma verdadeira aula de democracia para o reitor da USP e o governador do estado, Geraldo Alckmin. E é somente o começo!”

fonte: http://www.dceusp.org.br/2011/11/ato-contra-a-militarizacao-da-usp-reune-5000-nas-ruas-do-centro/

Informes por cursos e Universidades

USP

FFLCH

História – em greve, com piquete. 11 delegados eleitos.

Ciências Sociais – em greve. 10 delegados eleitos . Sexta-feira ocorreram duas aulas públicas no saguão.

Letras – em greve, com piquete. 32 delegados eleitos.

Geografia – em greve. 8 delegados presentes.

Filosofia – em greve, com piquete. 6 delegados presentes.

ECA

Artes Plásticas – em greve. 3 delegados eleitos.

Artes Cênicas – em greve. 3 delegados eleitos.

Educomunicação – em greve.

Jornalismo – em greve.

Audiovisual – em greve. 3 delegados eleitos .

Educação – em greve. 5 delegados presentes.

IB

Biologia – em greve.

FAU

Arquitetura e Urbanismo – em greve. 18 delegados eleitos.

Design – em greve. 5 delegados eleitos.

IR

Relações Internacionais – em paralisação (quinta e sexta). 3 delegados presentes.

São Carlos – paralisação nos dias 17 e 18. Manifestação em apoio aos eixos da greve na quarta-feira, dia 16.11.11.

Pós-Graduação – Nota pública de pesquisadores da Universidade de São Paulo sobre a crise da USP, com mais de 300 assinaturas até o momento. Assembléia na quarta feira, dia 16.11.11, 18h30, na física.

IG

Geociências – em aulas. Apoiam os eixos da greve.

IF

Física – em aulas. Próxima assembleia sexta-feira, dia 18.11.11, 17h.

UNICAMP

IFCH – em greve.

IEL (Instituto de Estudos da Linguagem), IE (Instituto de Educação) e IA (Instituto de Artes) – paralisação dias 9/11 e 10/11. Farão assembleias para decidir se aderem à greve.

Nota do CAASO sobre a PM no campus

Em maio de 2011 um aluno foi assassinado dentro da USP. Um fato desses representa o máximo suportável da imensa falta de segurança dentro do campus de São Paulo. Assaltos e furtos ocorrem à luz do dia e a segurança universitária era insuficiente em efetivo, em equipamento e também em treinamento.

É nesse contexto onde o medo faz parte do cotidiano dos estudantes, que o atual reitor Rodas fez um acordo com a polícia para uma maior atuação da Polícia Militar dentro dos campi. No começo de 2011, a polícia militar começou a se instalar na USP e em setembro foi fechado o convênio. Muitos aplaudiram a medida, pois a guarda traria segurança numa hora de necessidade. Muito porém é necessária a reflexão quanto as atitudes tomadas pelo Rodas, pela PM e pelos estudantes.

Apesar da mídia publicar que a polícia estava cumprindo seu papel prendendo os estudantes por porte de drogas, sabemos que esse não é o real motivo pelo qual a PM atua no campus. É fato que houve uma diminuição da violência na Cidade Universitária, afinal a presença da PM é algo intimidador aos criminosos. No entanto, não podemos esquecer que a atuação desses PMs designados para a cidade universitária tem sua ação restrita ao próprio campus, e na mesma proporção que a criminalidade reduziu dentro destes muros, aumentou muito nas proximidades. Um exemplo disso é o que aconteceu com a estudante Camila Fernandes da Silva, 22, que foi assaltada e baleada ao sair da USP. Assim, portanto, devemos fazer o debate sobre segurança pública. Ao propor resoluções dos problemas referentes à violência, a única medida tomada pelo reitor após a morte do estudante da FEA foi permitir a entrada da PM na Universidade. Os reais problemas seguem sem solução: Ruas mal iluminadas, espaços vazios sem circulação, ausência da guarda do campus, enfim, todos os problemas gerados por um projeto urbanístico não superado. Até mesmo duas estações de metrô que foram planejadas para serem construídas dentro da cidade universitária foram vetadas pela reitoria; estações, estas, que aumentariam a circulação de pessoas dentro do campus, a segurança, a facilidade de acesso aos milhares de pessoas que por lá circulam, e que devido a estas medidas devem andar por mais de um quilômetro para ir da estação Butantã de metrô até a USP.

A polícia militar está presente nos campi, sobretudo em São Paulo, para reprimir qualquer tipo de movimentação estudantil. Ela está munida de armas, enquanto os alunos não. Da mesma maneira que em 2009, estudantes desarmados em passeata pacífica foram baleados com borracha e bombas de efeito moral, agora a história se repete uma vez mais.

Não poderíamos ver desfecho diferente: a ação exagerada de ocupar a reitoria e a resposta violenta e descabida, autoritária tanto do reitor quanto dos policiais contra os alunos mostra a extrema ausência de diálogo que reina na USP. O uso de 400 policiais, cavalaria, tropa de choque, sitiamento, recursos extremamente violentos contra 72 estudantes dentre os quais 24 eram garotas mostram como a PM é utilizada como braço de força do reitor, e consequentemente, como extensão do governo do estado que escolheu a dedo um reitor que foi o responsável pela primeira ação da polícia militar dentro da USP desde a ditadura militar.

Não podemos aceitar a criminalização de nenhum estudante, professor ou funcionário da USP ou de qualquer outra entidade de ensino por mobilizações de cunho social e político, por expressarem suas injurias contra a administração do ambiente em que vivem pelos motivos apresentados pela reitoria e polícia militar.

Portanto a Gestão Maior se posiciona contra o modelo de policiamento militar apresentado pelo reitor Rodas. Além disso, também se posiciona contra o modelo anterior no qual a insegurança e o medo eram constantes. Exigimos maior segurança por meio de soluções já sugeridas nesta nota e também na de outros CAs. Também apoiamos a renúncia do reitor João Grandino Rodas, uma vez que suas ações explicitam má administração da universidade além de posições políticas que não nos representam.